Condenado por manter em cativeiro e abusar sexualmente de três garotas por uma década em sua casa na cidade americana de Cleaveland, Ariel Castro, de 53 anos, foi encontrado morto em sua cela no fim da noite desta quarta-feira, no horário local. De acordo com a CNN, ele teria se enforcado.
Após ser sentenciado á prisão perpétua, ele foi transferido para uma prisão ao sul de Ohio, em agosto, onde ficou isolado de outros detentos para sua própria segurança e para "manter a ordem".
Castro permanecia em sua cela durante 23 horas do dia, com uma hora fora para recreação, mas separado dos outros presidiários.
Somadas as penas pelas 937 acusações que pairavam contra Castro, o juiz Michael Russo sentenciou o réu a mais de 1 mil anos na cadeia. "Uma pessoa pode morrer apenas uma vez na prisão", disse Russo, mas acrescentou que a pena era adequada ao dano que Castro causou.
Antes de a sentença ser anunciada, Castro afirmou que não era "uma pessoa violenta". "Eu Simplesmente as mantive ali para que elas não pudessem sair", disse, se referindo ao fato de ter mantido Gina DeJesus, Michelle Knight e Amanda Berry trancafiadas em sua casa por cerca de uma década.
Michelle Knight compareceu à audiência e disse para Castro: "você tirou 11 anos da minha vida. Eu vou superar tudo o que aconteceu, mas você vai encarar o inferno", disse.
Amanda Berry, 27 anos, Gina DeJesus, 23 anos, e Knight, 32 anos, desapareceram da parte oeste de Cleveland entre 2002 e 2004. Elas foram descobertas em 6 de maio depois que vizinhos ouviram os gritos de Berry pedindo socorro de dentro da casa de Castro.
Promotores descreveram uma vida sombria de ataques físicos e mentais constantes e isolamento depois que as mulheres foram sequestradas. Elas eram separadas umas das outras e geralmente ficavam acorrentadas. Recebiam apenas uma refeição por dia e tomavam um ou dois banhos por semana, e tinham que usar pequenos vasos sanitários de plástico que nem sempre eram esvaziados.
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