quinta-feira, 31 de maio de 2012

Investigação conclui: Calcinha que deputado deixou cair era usada por ele mesmo.

do G17

    O GLOBO revelou que um deputado deixou uma calcinha cair; G17 revela que o parlamentar é o dono da peça. (Reprodução G17).

                                                                                                                                                                   
                                                                                                                                                                           

O jornal O GLOBO (que só fala a verdade) publicou uma reportagem sobre uma calcinha que um deputado deixou cair, no Plenário da Câmara Federal. Segundo a reportagem, o deputado mexeu nos bolsos e, sem ver, deixou cair. O repórter do G17, Carlos Cordeiro Castelo Costa Coelho, acompanhou a investigação do caso. De acordo com um inquérito tramitando na Polícia Federal, ficou constatado que a calcinha pertencia ao deputado, para uso próprio. Não tinha mulher na jogada, aponta o delegado. “O deputado retornava de um encontro, entrou na Câmara Federal usando a calcinha, foi até o banheiro do seu gabinete e trocou a peça, por uma masculina, colocou a calcinha no bolso e seguiu para o plenário”, disse o delegado que investigou o caso.

Sistema Habitacional de Maringá.


Ministro Marco Aurélio Mello do STF defende Lula e questiona Gilmar Mendes.

              Ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF). Foto de Lula Marques/Folhapress

                                                                                                                                                             

O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal - STF, disse ontem em entrevista para a Folha de S. Paulo que mesmo se for verdade, é "legítimo" e "normal" que o ex-presidente Lula manifeste opinião sobre a data que considera mais conveniente para o julgamento do mensalão. Justificou que é aceitável porque Lula não não é jurista e porque ele é do PT, e que ele não tratou do mérito do processo. Disse também que o encontro deveria ter ocorrido no STF, e não no escritório de Nelson Jobim, ex-ministro do STF.
Mello ainda disse não ter entendido porque Gilmar Mendes demorou muito tempo para relatar a conversa.
Veja os vídeos da entrevista, clique aqui.

Charge: o leitor da Veja.

                                                                                                                                                                             
                                                                                                                                                                         
via Blog do Tarso

Graças a Gilmar Mendes,foge do país médico condenado a 278 anos por violentar 37 mulheres.

                                                                                                                                                                                 

O médico Roger Abdelmassih, de 67 anos, já está no Líbano, segundo a Folha. E por lá deve ficar porque tem origem libanesa e o Brasil não tem tratado de extradição com o Líbano. E isso poderia ter sido evitado, caso o ministro Gilmar Mendes não concedesse o habeas corpus que o tirou da cadeia.

O médico estava preso, aguardando recurso de sua defesa diante da sentença que o condenou a 278 anos de cadeia por violentar 37 mulheres (suas pacientes, o que agrava os crimes) entre 1995 e 2008. E aguardava preso porque a Polícia Federal informou que ele tentava renovar seu passaporte. A juíza Kenarik Boujikian Felippe determinou que ele fosse preso para evitar sua fuga do país.

Seu advogado recorreu. Disse que Roger Abdelmassih não pretendia fugir do país, só estaria renovando o passaporte... 

Sem ao menos perguntar ao advogado por que um homem de 67 anos condenado a 278 anos de cadeia renovaria o passaporte (seria um novo Matusalém?), Gilmar Mendes mandou soltar o passarinho, que agora vai passear sua impunidade no exterior, até que a morte o separe da boa vida.

Por essas e outras, crimes contra as mulheres acontecem diariamente no país. Há o caso notório do jornalista Pimenta Neves, que matou fria e covardemente sua ex-namorada, a jornalista Sandra Gomide, e passeia sua impunidade, após ter destruído as vidas de Sandra e de sua família. 

O que dirá Gilmar Mendes, o Simão Bacamarte do Judiciário, sobre seu habeas corpus que possibilitou a fuga do criminoso?


via Blog do Mello

O poder das Organizações Globo é um risco para a democracia no Brasil.

                                

Aproveitando toda essa grita sobre liberdade de expressão e de imprensa, é bom lembrar e discutir: liberdade de quem? As Organizações Globo têm um peso descomunal no Brasil. Esse peso descomunal deve ser discutido no Congresso. É necessário que se criem mecanismos regulatórios para garantir a liberdade de expressão. E a liberdade só pode existir se for plural, se não houver uma instância - como as Organizações Globo - com o poder de influenciar mais de 70% da população. Mecanismos que proibissem – como acontece em outros países, inclusive os EUA - a concentração de veículos de comunicação nas mãos de um só grupo, numa mesma cidade ou estado. Aqui no Rio, por exemplo, as Organizações Globo têm a TV Globo (RGTV), os jornais mais vendidos - O Globo e Extra -, estações de rádio - Globo, CBN... - além da revista Época, do portal de notícias etc., etc. Comenta-se que o diretor de Jornalismo da TV Globo, Ali Kamel, estaria estendendo seus tentáculos aos outros braços das Organizações. Mas o foco em Ali Kamel é uma bobagem. Ele é apenas um empregado. O foco é o grupo. Até quando se vai permitir a concentração de poder que as Organizações Globo têm no país? Isso não faz bem para a informação livre, muito menos para a democracia. Ao contrário: não permite uma e ameaça a outra. via BLOG DO MELLO

O que incomoda Gilmar Mendes: a amizade com Demóstenes ou Perillo?


                                                                                                                                                                         
Cerimônia de formatura de Marconi Perigo.

Açodamento de Gilmar Mendes e suas constantes aparições na mídia ameaçam desfigurar STF, transformando-o numa versão togada do Big Brother Brasil Marcus Vinícius As intempestivas manifestações de açodamento do Ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes causam estranheza no mundo político e jurídico. Não é de se esperar que um ministro de uma Corte Suprema seja dado a entrevistas e a esboçar pontos de vista. O STF é o que o nome diz: Supremo, portanto, seus pares devem ser módicos no falar, pois o que dizem ecoa por todo o Judiciário. A um juiz – e principalmente um juiz supremo -, não é facultada verborragia. O que ele diz tem consequência. Recomenda-se a moderação a um julgador. Nos Estados Unidos os ministros da Corte Suprema são, na sua maioria, ideologicamente ligados a um dos partidos do establishment. Ou são Democratas, como o presidente Barak Obama, ou são Republicanos, como o ex-presidente George W. Bush. Nem por isto se veem ministros saracoteando de redação em redação, de estúdio em estúdio a opinar sobre a vida política dos EUA. Do magistrado, seja de primeira instância ou do STF o que se almeja é conhecimento, respeito e obediência às Leis. O conceito de Justiça é muito mais amplo que o de Ideologia. O cidadão – seja ele de esquerda, direita ou centro -, quando vai a julgamento espera que seu julgador seja, antes de tudo, justo, que se atenha aos autos do processo. Espera que o magistrado se atenha ao devido processo legal. Há aqueles que querem fazer crer que a Justiça possa ser pautada pelos humores da massa como se fossem os juízes similares ao apresentador Pedro Bial, que conduz o Big Brother Brasil. A torcida destes setores mais inconsequentes da política e da mídia é para que os ministros do Supremo julguem o Mensalão tal qual ocorre no mencionado reality show. Talvez não tenha sido boa a ideia de transmissão ao vivo das sessões do STF pela TV Justiça. A Corte Suprema perdeu a circunstância, a solenidade e a liturgia que deve ter, a exemplo de seus pares do Norte. Registre-se que nem fotos são disparadas nos julgamentos nos EUA, não são permitidas transmissões de radio ou TV. Sobre a transmissão dos julgamentos no Brasil, iniciados em 2002, fica alerta do ex-ministro Eros Graus, em entrevista do Conjur: ““essa prática de televisionar as sessões é injustificável”, uma vez que “tem que se dar publicidade à decisão, não ao debate que pode ser envenenado de quando em quando. Acaba se transformando numa sessão de exibicionismo”. (Matéria: A publicidade das sessões da Suprema Corte - http://migre.me/9iABR ) Voltemos ao episódio envolvendo o ministro Gilmar Mendes, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-ministro Nelson Jobim. Considerando-se tudo que foi citado neste artigo, volta a estranheza, do porquê, um mês depois do encontro, o Meritíssimo disparou crítica ao ex-mandatário do país. 1 – A reunião ocorreu no dia 26 de abril, no escritório de Nelson Jobim. Porquê, passados mais de 30 dias, Mendes trouxe o assunto a baila? 2 – A motivação veio da transcrição dos grampos da Operação Monte Carlo, que mostram uma relação próxima entre o ministro e o senador Demóstenes Torres (ex-DEM)? 3 – O açodamento é por conta da revelação de uma carona no avião do contraventor Carlos Cachoeira? (http://migre.me/9iBke ) 4 – Preocupa o ministro suas relações com o governador Marconi Perillo (PSDB-GO), tendo inclusive participado da colação de grau deste, ao lado de Demóstenes Torres? (http://youtu.be/moy7zYxOihY ) O açodamento do ministro Gilmar Mendes e suas constantes aparições na mídia ameaçam desfigurar o STF e transformar a Corte Suprema do Brasil numa versão togada do Big Brother Brasil. Não é este triste destino que dele se espera. Não é o que o STF e o povo brasileiro merecem. A presidenta Dilma Rousseff conduz o país com correção, respeito à institucionalidade e a independência dos Poderes. Sob sua batuta o país avança na consolidação da cidadania, com a sanção da Lei de Acesso à Informação e a criação da Comissão da Verdade. Transparência, sobriedade, equilíbrio e trabalho. São estes os conceitos que contam para o Brasil neste século XXI. via O TERROR DO NORDESTE

Marconi manda recado: Lula vai se arrepender...

                                                                                                                                                                         

Assessores do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), vão para o Twitter "avisar" ex-presidente do risco que corre por colocá-lo no olho do furacão da CPI; próprio governador disse: País sofre com "lideranças de quinta categoria" Vassil Oliveira "Lula vai se arrepender amargamente de ter colocado Marconi Perillo no olho do furacão." A frase é um post na página de um assessor do governador Marconi Perillo e foi postada no meio da noite desta quarta-feira, 30, e logo em seguida retirada (mas 'printado' pelo 247). Outra mensagem postada e apagada: "Perguntinha- E se pintar pato roco nas conversas de Carlinhos Cachoeira?" A afirmação tem endereço certo: o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Durante o dia, informações de bastidores davam conta de uma informação com origem em fontes ligadas ao governador tucano: o vazamento de informações da Operação Monte Carlo foi programado e entre as "muitas coisas" que ainda não teriam sido divulgadas estaria um protocolo da Polícia Federal sobre conversas de lulistas com Cachoeira. Assim, sem mais nem menos, a informação circulou de boca em boca até os dois posts, publicados e apagados, que por sua vez sucederam declarações fortes do governador no final da tarde com mais tiros na direção de Lula. "Nós vivemos em um país em que algumas lideranças que se consideram acima do bem e do mal, se consideram verdadeiros deuses, não passam de lideranças de quinta categoria. Basta uma oportunidade para que as pessoas comecem a entender as coisas, a conhecer falsos líderes que se firmam na demagogia barata junto às pessoas menos esclarecidas", disparou Marconi, com endereço certo - Lula - durante discurso no Centro Cultural Oscar Niemeyer (CCON), onde entregou 52 cartões do programa Bolsa Futuro. Segundo informação do site A Redação, o governador também afirmou que tem sido perseguido por causa de sua 'suposta relação' com o contraventor Carlinhos Cachoeira. "A pior coisa do mundo não é a pobreza financeira. É a pobreza de espírito daqueles que nutrem ódio contra as pessoas. Daqueles que querem se perpetuar no poder a qualquer custo. Aqui em Goiás somos um povo livre", falou, ele que está no terceiro mandato de governador. Lula, vale lembrar, ficou dois mandatos no Poder. Reação em cadeia, ou melhor, em rede, o secretário de Articulação institucional do Governo do Estado de Goiás, Daniel Goulart, também tratou de mandar recado no tuíter. Ao retuitar informação de um blog sobre um possível racha entre PT e PMDB na CPI, ele tascou: "Estão com medo das verdades de @marconiperillo". Ou seja: se a CPI está perdendo o controle, foi porque Marconi acabou convocado e vai falar "verdades". via Sintonia Fina

PT,O PARTIDO MAIS SIMPÁTICO DO BRASIL.

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Em artigo publicado na revista Carta Capital que circula esta semana o sociólogo Marcos Coimbra traz os dados de uma pesquisa nacional feita recentemente pelo instituto Vox Populi, que é presidido por ele, em que 48% dos entrevistados disseram simpatizar com algum partido. Só que 80% das respostas se restringem a apenas três partidos: o PT, com 28% das respostas, o PMDB, com 6% e o PSDB com 5%. Os demais 26 partidos dividem os 20% restantes de simpatia.
O parágrafo transcrito a seguir explica a voracidade e a virulência dos contínuos ataques de certa mídia ao Partido dos Trabalhadores.  “A proeminência do PT é ainda mais acentuada quando se pede ao entrevistado que diga se “simpatiza”, “antipatiza” ou se não tem um ou outro sentimento em relação ao partido. Entre “muita” e “alguma simpatia”, temos 51% (ao PT). Outros 37% se dizem indiferentes. Ficam 11%, que antipatizam “alguma” coisa ou “muito” com ele.” Vejam abaixo a íntegra do artigo!

A Força da Imagem do PT

Ao contrário do que se costuma pensar, o sistema partidário brasileiro tem um enraizamento social expressivo. Ao considerar nossas instituições políticas, pode-se até dizer que ele é muito significativo.
Em um país com democracia intermitente, baixo acesso à educação e onde a participação eleitoral é obrigatória, a proporção de cidadãos que se identificam com algum partido chega a ser surpreendente.
Se há, portanto, uma coisa que chama a atenção no Brasil não é a ausência, mas a presença de vínculos partidários no eleitorado.
Conforme mostram as pesquisas, metade dos eleitores tem algum vínculo.
Seria possível imaginar que essa taxa é consequência de termos um amplo e variado multipartidarismo, com 29 legendas registradas. Com um cardápio tão vasto, qualquer um poderia encontrar ao menos um partido com o qual concordar. Mas não é o que acontece. Pois, se o sistema partidário é disperso, as identificações são concentradas. Na verdade, fortemente concentradas.
O Vox Populi fez recentemente uma pesquisa de âmbito nacional sobre o tema. Deu o esperado: 48% dos entrevistados disseram simpatizar com algum partido. Mas 80% desses se restringiram a apenas três: PT (com 28% das respostas), PMDB (com 6%) e PSDB (com 5%). Olhado desse modo, o sistema é, portanto, bem menos heterogêneo, pois os restantes 26 partidos dividem os 20% que sobram. Temos a rigor apenas três partidos de expressão. Entre os três, um padrão semelhante. Sozinho, o PT representa quase 60% das identidades partidárias, o que faz com que todos os demais, incluindo os grandes, se apequenem perante ele.
Em resumo, 50% dos eleitores brasileiros não têm partido; 30% são petistas e 20% simpatizam com algum outro – e a metade desses é peemedebista ou tucana. Do primeiro para o segundo, a relação é de quase cinco vezes.
A proeminência do PT é ainda mais acentuada quando se pede ao entrevistado que diga se “simpatiza”, “antipatiza” ou se não tem um ou outro sentimento em relação ao partido. Entre “muita” e “alguma simpatia”, temos 51%. Outros 37% se dizem indiferentes. Ficam 11%, que antipatizam “alguma” coisa ou “muito” com ele.
Essa simpatia está presente mesmo entre os que se identificam com os demais partidos. É simpática ao PT a metade dos que se sentem próximos ao PMDB, um terço dos que gostam do PSDB e metade dos que simpatizam com os outros.
Se o partido é visto com bons olhos por proporções tão amplas, não espanta que seja avaliado positivamente pela maioria em diversos quesitos: 74% do total de entrevistados o consideram um partido “moderno” (ante 14% que o acham “ultrapassado”); 70% entendem que “tem compromisso com os pobres”(ante 14% que dizem que não); 66% afirmam que “busca atender ao interesse da maioria da população” (ante 15% que não acreditam nisso). Até em uma dimensão particularmente complicada seu desempenho é positivo: 56% dos entrevistados acham que “cumpre o que promete” (enquanto 23% dizem que não). Níveis de confiança como esses não são comuns em nosso sistema político.
Ao comparar os resultados dessa pesquisa com outras, percebe-se que a imagem do PT apresenta uma leve tendência de melhora nos últimos anos. No mínimo, de estabilidade. Entre 2008 e 2012, por exemplo, a proporção dos que dizem que o partido tem atuação “positiva na política brasileira” foi de 57% a 66%.
A avaliação de sua contribuição para o crescimento do País também se mantém elevada: em 2008, 63% dos entrevistados estavam de acordo com a frase “O PT ajuda o Brasil a crescer”, proporção que foi a 72% neste ano.
O sucesso de Lula e o bom começo de Dilma Rousseff são uma parte importante da explicação para esses números. Mas não seria correto interpretá-los como fruto exclusivo da atuação de ambos.
Nas suas três décadas de existência, o PT desenvolveu algo que inexistia em nossa cultura política e se diferenciou dos demais partidos da atualidade: formou laços sólidos com uma ampla parcela do eleitorado. O petismo tornou-se um fenômeno de massa.
Há, é certo, quem não goste dele – os 11% que antipatizam, entre os quais os 5% que desgostam muito. Mas não mudam o quadro.
Ao se considerar tudo que aconteceu ao partido e ao se levar em conta o tratamento sistematicamente negativo que recebe da chamada “grande imprensa”- demonstrado em pesquisas acadêmicas realizadas por instituições respeitadas – é um saldo muito bom.
É com essa imagem e a forte aprovação de suas principais lideranças que o PT se prepara para enfrentar os difíceis dias em que o coro da indústria de comunicação usará o julgamento do mensalão para desgastá-lo.
Conseguirá?

Marcos Coimbra, sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Jornal O Globo promove campanha contra Lula no Twitter.

                                                                                                                                                                         

Ontem ocorreu um fato espantoso que explica bem por que a grande imprensa brasileira é chamada de PIG – sigla que significa “Partido da Imprensa Golpista”, uma sigla cunhada pelo deputado federal pelo PT de Pernambuco Fernando Ferro que se popularizou sobremaneira na internet.
A dita “mídia” é chamada de partido por boas razões. Uma delas é a de que tem militância exatamente como um partido. Centenas de pessoas defendem ferozmente as ações de Globo, Folha de São Paulo, Veja e Estado de São Paulo contra o Partido dos Trabalhadores e o governo federal.
Essas pessoas se escondem sob o anonimato e chegam ao ponto de fazer ameaças de assassinato ou de tortura contra quem se mostre simpatizante do PT e do governo, sobretudo se for blogueiro. Quando menos, promovem campanhas anônimas de difamação, atacam família etc.
Mas, ontem, a atuação da mídia como partido político chegou ao impensável. O jornal O Globo, em sua campanha incansável, interminável e eterna contra Lula, lançou mão de um recurso que só militâncias de partidos usam.
Tuitaço é o envio de múltiplas mensagens pela rede social Twitter para fazer “subir” frases sobre algum assunto ao que se convencionou chamar de Trending Topics, o ranking dos dez assuntos mais comentados no Brasil ou no mundo.
A revista Veja tem sido alvo de tuitaços de militantes petistas e de outros partidos de esquerda. E não é que O Globo, como prova de que é um partido político disfarçado de jornal, decidiu instigar tuiteiros militantes do PIG a promoverem uma campanha contra o ex-presidente Lula?
A imagem acima mostra que o perfil de O Globo no Twitter foi responsável pela “subida” da frase “Lula mente” ao topo dos Trending Topics.
O Globo tem mais de 500 mil “seguidores” no Twitter. Como as campanhas de militantes de oposição ao governo Lula – ou militantes da mídia – para levar frases aos Trending Topics vinham fracassando, o perfil do jornal naquela rede social resolveu dar uma ajudinha veiculando hashtag contra Lula para suas centenas de milhares de seguidores
Assim, O Globo conseguiu colocar no primeiro lugar dos Trending Topics aquela frase. Mas foi só por alguns minutos.
O que o Globo não sabia é que seguir o seu perfil no Twitter não significa apoiar o que faz. Este blogueiro mesmo “segue” o perfil @JornalOGlobo e nem por isso compartilha suas posições políticas. Muito pelo contrário.
Quando descobri que o Globo é que estava por trás da “subida” de #LulaMente ao topo dos Trending Topics, entrei no tuitaço de reação. Rapidamente, em questão de minutos, os simpatizantes de Lula e do PT desbancaram a hashtag #LulaMente, substituindo-a por #BrasilComLula, que permaneceu por mais de uma hora nos Trending Topics.
Então, leitor, se faltava algo para a grande imprensa brasileira comprovar que se converteu em partido político, não falta mais. O segundo (?) maior jornal do país lançou mão do recurso mais banal da política contemporânea para um grupo político atacar outro. O que será que o TSE acha disso?

via Blog da Cidadania 

terça-feira, 29 de maio de 2012

Há dez anos,professor da USP foi profético: 'Gilmar Mendes será uma tragédia no STF'.

                       Dalmo Dallari alertou para os perigos que a nomeação de Gilmar Mendes ao STF representava para o judiciário brasileiro

Há dez anos, o jurista e professor da USP publicou artigo que gerou polêmica em que sustentava: “Gilmar Mendes no STF é a degradação do judiciário brasileiro”. Agora, ele reafirma e diz mais: “Há algo de errado quando um ministro do supremo vive na mídia”

Há dez anos, exatamente em 8 de maio de 2002, a Folha de S. Paulo publicou um artigo que geraria grande polêmica. Com o título “Degradação do Judiciário”, o artigo, escrito pelo jurista e professor da Faculdade Direito da USP, Dalmo de Abreu Dallari, questionava firmemente a indicação do nome de Gilmar Mendes para o Supremo Tribunal Federal (STF). A nomeação se daria dias depois, mesmo com as críticas fortes de Dallari, ecoadas por muita gente da área e nos blogs e sites da época.
Desde então, Mendes esteve no centro das atenções em inúmeras polêmicas. Em 2009, na famosa e áspera discussão que teve em pleno plenário do tribunal com o colega Joaquim Barbosa, Dallari, que conhece pessoalmente muitos ministros do STF (foi professor de Ricardo Lewandowski, deu aulas a Cármen Lúcia e orientou Eros Grau), comparou o fato a uma “briga de moleques de rua”: “Os dois poderiam evitar o episódio, mas a culpa grande é do presidente do STF, Gilmar Mendes, que mostra um exibicionismo exagerado, uma busca dos holofotes, da imprensa. Além da vocação autoritária, que não é novidade.

Leia mais

Um ano depois, em 2010, na véspera das eleições presidenciais, o Supremo se reunir para julgar a exigência da apresentação de dois documentos para votar nas eleições. O placar estava 7 a 0 quando o ministro Gilmar Mendes pediu vista do processo. O julgamento foi interrompido. Mais tarde, circulou a informação, confirmada depois em reportagem da Folha de S. Paulo, de que a decisão de Mendes foi tomada depois de conversar com o então candidato do PSDB, José Serra, por telefone. Na época, Dallari não quis comentar sobre a conversa ou não com o candidato tucano e suas implicações (“Como advogado, raciocino em cima de provas”), mas contestou a atitude de Mendes: “Do ponto jurídico, é uma decisão totalmente desprovida de fundamento. O pedido de vistas não tinha razão jurídica alguma, não havia dúvida a ser dirimida”.
Mas a maior polêmica é a atual, envolvendo o político mais popular do Brasil, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acusado por Mendes de chantagem e pressão ao STF. Em recente entrevista,  Dallari não deixa de reconhecer: “Eu não avisei?”
A entrevista foi concedida ao portal 247. Confira abaixo alguns pontos cruciais:

STF NA MÍDIA

“Eu acho muito ruim para a imagem do Supremo que um de seus ministros fique tanto tempo exposto na mídia, sempre em polêmicas. Não que eu considere bom ficar enclausurado, pelo contrário. É interessante que você dê publicidade às ações do STF, para a população ser melhor informado do processo de decisões no tribunal. Mas há algo errado quando um ministro do Supremo vive na mídia, e sempre em polêmicas.

VERDADE OU MENTIRA?

“Não posso fazer um julgamento categórico sobre o que disse o ministro Gilmar Mendes. Não se sabe onde está a verdade. Se tivesse mais segurança quanto aos fatos ocorridos poderia dizer melhor. Mas, de qualquer maneira, dá para afirmar de cara duas coisas: a primeira é que não dá, definitivamente, para um ministro do Supremo sair polemizando toda hora para a imprensa, e num nível que parece confronto pessoal. É algo que não faz parte das funções de um ministro do Supremo. A outra coisa é que as acusações de Gilmar são extremamente duvidosas. Feitas com atraso e sem o mais básico, que é a confirmação da única testemunha. Pelo contrário: o ministro Jobim (Nelson Jobim, que foi ministro de FHC, de Lula e do próprio STF) negou o conteúdo do que foi denunciado.

PREVISÃO

“Não avisei? Naquele artigo para a Folha, eu já mostrava, com fatos, os problemas que o Judiciário brasileiro enfrentaria com o Gilmar Mendes no Supremo. Não há surpresas, pelo menos para mim. Na época de sua nomeação, já havia informações, por exemplo, de que ele contratou, como procurador-geral da República, pessoal para seu cursinho de Direito. Um detalhe interessante é que o Gilmar Mendes teve 14 votos contrários à sua nomeação para o STF. Isso quebrou uma tradição de unanimidade que existia no Senado brasileiro. Enfim, ele não é, definitivamente, uma personagem altamamente confiável a ponto de representar um posto tão importante.

IMPLICAÇÕES JURÍDICAS

“Primeiramente é preciso lembrar que, fosse verdadeira a nova afirmação de Gilmar Mendes, se tivesse realmente sido vítima de chantagem, o caminho natural seria uma denúncia ao Ministério Público, imediatamente. Por que só agora? Dito isso, cabem dúvidas da extensão realmente do que supostamente foi dito. Ainda que Lula tenha feito referências ao mensalão, é duvidoso se isso teria tanta implicação jurídica, pois parece ter sido numa conversa informal, feita na casa de um amigo comum dos dois. Volto a frisar dois aspectos: é difícil determinar com certeza, pois não há evidência nenhuma de que Gilmar Mendes diz a verdade, apenas a sua palavra; e, tivesse a seriedade que alguns querem pintar, a denúncia teria que ser feita na hora. Ou não é?
Leia abaixo o artigo que Dalmo de Abreu Dallari publicou na Folha, em 8 de maio de 2002:
Degradação do Judiciário

DALMO DE ABREU DALLARI

Nenhum Estado moderno pode ser considerado democrático e civilizado se não tiver um Poder Judiciário independente e imparcial, que tome por parâmetro máximo a Constituição e que tenha condições efetivas para impedir arbitrariedades e corrupção, assegurando, desse modo, os direitos consagrados nos dispositivos constitucionais.
Sem o respeito aos direitos e aos órgãos e instituições encarregados de protegê-los, o que resta é a lei do mais forte, do mais atrevido, do mais astucioso, do mais oportunista, do mais demagogo, do mais distanciado da ética.
Essas considerações, que apenas reproduzem e sintetizam o que tem sido afirmado e reafirmado por todos os teóricos do Estado democrático de Direito, são necessárias e oportunas em face da notícia de que o presidente da República, com afoiteza e imprudência muito estranhas, encaminhou ao Senado uma indicação para membro do Supremo Tribunal Federal, que pode ser considerada verdadeira declaração de guerra do Poder Executivo federal ao Poder Judiciário, ao Ministério Público, à Ordem dos Advogados do Brasil e a toda a comunidade jurídica.
Se essa indicação vier a ser aprovada pelo Senado, não há exagero em afirmar que estarão correndo sério risco a proteção dos direitos no Brasil, o combate à corrupção e a própria normalidade constitucional. Por isso é necessário chamar a atenção para alguns fatos graves, a fim de que o povo e a imprensa fiquem vigilantes e exijam das autoridades o cumprimento rigoroso e honesto de suas atribuições constitucionais, com a firmeza e transparência indispensáveis num sistema democrático.
Segundo vem sendo divulgado por vários órgãos da imprensa, estaria sendo montada uma grande operação para anular o Supremo Tribunal Federal, tornando-o completamente submisso ao atual chefe do Executivo, mesmo depois do término de seu mandato. Um sinal dessa investida seria a indicação, agora concretizada, do atual advogado-geral da União, Gilmar Mendes, alto funcionário subordinado ao presidente da República, para a próxima vaga na Suprema Corte. Além da estranha afoiteza do presidente -pois a indicação foi noticiada antes que se formalizasse a abertura da vaga-, o nome indicado está longe de preencher os requisitos necessários para que alguém seja membro da mais alta corte do país.
É oportuno lembrar que o STF dá a última palavra sobre a constitucionalidade das leis e dos atos das autoridades públicas e terá papel fundamental na promoção da responsabilidade do presidente da República pela prática de ilegalidades e corrupção.
É importante assinalar que aquele alto funcionário do Executivo especializou-se em “inventar” soluções jurídicas no interesse do governo. Ele foi assessor muito próximo do ex-presidente Collor, que nunca se notabilizou pelo respeito ao direito. Já no governo Fernando Henrique, o mesmo dr. Gilmar Mendes, que pertence ao Ministério Público da União, aparece assessorando o ministro da Justiça Nelson Jobim, na tentativa de anular a demarcação de áreas indígenas. Alegando inconstitucionalidade, duas vezes negada pelo STF, “inventaram” uma tese jurídica, que serviu de base para um decreto do presidente Fernando Henrique revogando o decreto em que se baseavam as demarcações. Mais recentemente, o advogado-geral da União, derrotado no Judiciário em outro caso, recomendou aos órgãos da administração que não cumprissem decisões judiciais.
Medidas desse tipo, propostas e adotadas por sugestão do advogado-geral da União, muitas vezes eram claramente inconstitucionais e deram fundamento para a concessão de liminares e decisões de juízes e tribunais, contra atos de autoridades federais.
Indignado com essas derrotas judiciais, o dr. Gilmar Mendes fez inúmeros pronunciamentos pela imprensa, agredindo grosseiramente juízes e tribunais, o que culminou com sua afirmação textual de que o sistema judiciário brasileiro é um “manicômio judiciário”.
Obviamente isso ofendeu gravemente a todos os juízes brasileiros ciosos de sua dignidade, o que ficou claramente expresso em artigo publicado no “Informe”, veículo de divulgação do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (edição 107, dezembro de 2001). Num texto sereno e objetivo, significativamente intitulado “Manicômio Judiciário” e assinado pelo presidente daquele tribunal, observa-se que “não são decisões injustas que causam a irritação, a iracúndia, a irritabilidade do advogado-geral da União, mas as decisões contrárias às medidas do Poder Executivo”.
E não faltaram injúrias aos advogados, pois, na opinião do dr. Gilmar Mendes, toda liminar concedida contra ato do governo federal é produto de conluio corrupto entre advogados e juízes, sócios na “indústria de liminares”.
A par desse desrespeito pelas instituições jurídicas, existe mais um problema ético. Revelou a revista “Época” (22/4/ 02, pág. 40) que a chefia da Advocacia Geral da União, isso é, o dr. Gilmar Mendes, pagou R$ 32.400 ao Instituto Brasiliense de Direito Público -do qual o mesmo dr. Gilmar Mendes é um dos proprietários- para que seus subordinados lá fizessem cursos. Isso é contrário à ética e à probidade administrativa, estando muito longe de se enquadrar na “reputação ilibada”, exigida pelo artigo 101 da Constituição, para que alguém integre o Supremo.
A comunidade jurídica sabe quem é o indicado e não pode assistir calada e submissa à consumação dessa escolha notoriamente inadequada, contribuindo, com sua omissão, para que a arguição pública do candidato pelo Senado, prevista no artigo 52 da Constituição, seja apenas uma simulação ou “ação entre amigos”. É assim que se degradam as instituições e se corrompem os fundamentos da ordem constitucional democrática.
via Pragmatismo Político


                                       

ACIM apoiará as Casas Geminadas.

Saudações a todos, 

Nós do Movimento em Defesa das Casas Geminadas gostariamos de esclarecer que os objetivos traçados na última reunião foram:

Marcar uma reunião com o prefeito Roberto Pupin;

Marcar uma reunião com a OAB Maringá;

Marcar uma reunião com a ACIM.

Estivemos na ACIM conversando com seu presidente Marco Tadeu ontem à tarde, e  depois de um dialogo com eles, fica oficialmente estabelecido seu apoio a esta causa, que se dará por um documento juntamente com todos as outras entidades que nos apoiarem!

Falta dialogar com a OAB Maringá e esperamos a reunião com o prefeito em Exercício, Pupin.

É hora de unirmos, que juntos conseguiremos resolver este problema.

Atenciosamente,  André Sanches

Movimento em Defesa das Casas Geminadas

Governo Federal libera obra do Contorno Norte.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Factoide da Veja visa dominar pauta política.

Editorial do Portal Vermelho(28-5) A revista Veja publicou na sua edição que circula desde o último fim de semana mais uma denúncia, baseada em falsidades, com a finalidade de provocar escândalo político, pautar a conjuntura e como sempre turvar as águas para pescar algo que convenha aos seus interesses bem como das forças reacionárias a quem serve tão zelosamente. Segundo a revista dos Civitas, sobre quem recaem suspeitas de envolvimento com o nebuloso caso Cachoeira-Demóstenes – a tal ponto que continua em pauta a convocação do seu capo a depor na CPMI -, Gilmar Mendes teria encontrado Lula “casualmente” no escritório do ex-ministro da Defesa Nelson Jobim, ocasião em que o ex-presidente teria tentado “chantagear” o ministro do STF para que “aliviasse” a carga contra os acusados no processo do chamado mensalão que está para ser julgado na Suprema Corte do País. Supostamente, Lula teria ameaçado Mendes de acionar mecanismos para levá-lo a depor na CPMI Demóstenes Cachoeira. Existiriam indícios de que Mendes estaria envolvido em relações perigosas com o rumoroso caso Demóstenes – Cachoeira. Em declarações à imprensa, Jobim desmentiu o ministro do STF. Setores da mídia insinuam agora que Jobim teria mentido para proteger Lula. A denúncia de Mendes e da Veja escarnece a inteligência da população. Quem de sã consciência imaginaria que Lula, com o tirocínio político que possui, a experiência que adquiriu em sua vitoriosa carreira política e a responsabilidade que tem para com a nação na condição de ex-presidente da República, cometeria um erro grosseiro como o de chantagear um ministro do Supremo Tribunal Federal, afrontando de maneira tão flagrante um dos poderes basilares em que se apóia a República? O fato é que grandes veículos da mídia monopolista e golpista estão implicados no caso Cachoeira-Demóstenes, nomeadamente a Veja e O Globo, e as evidências disso estão por ser reveladas nas investigações da Polícia Federal e da CPMI. Agora os golpistas e aventureiros de sempre ameaçam tumultuar o ambiente político, anunciando que vão fazer pressão na CPMI para que convoque Lula a depor. Estamos diante de mais um factoide e mais um intento de semear a confusão política e inverter a agenda do país, que precisa se voltar cada vez mais para a luta pelo desenvolvimento com justiça social e soberania nacional e pela realização das reformas estruturais democráticas. É por essas e outras que a democratização dos meios de comunicação, que começa pela regulamentação da mídia, é uma das reformas indispensáveis e urgentes no Brasil. Diante de mais uma ofensiva da mídia golpista e dos poderes que ela representa, é necessário promover a contra-ofensiva, mobilizando a mídia alternativa e o movimento popular organizado em favor dessa reforma. via blog do Milton Alves

Quando a ingenuidade vira uma arma perigosa.

                                                                                                                                                                             

Em 2007, aproveitando o acidente com o vôo 3054 da TAM, empresários paulistas lançaram o “Movimento Cívico pelo Direito dos Brasileiros” que ficou conhecido popularmente como “Cansei”, integrado por atrizes, atores e apresentadores de TV famosos que protestavam por uma variedade de temas – caos aéreo, corrupção educação, segurança.
Na visão do cônsul-geral dos Estados Unidos em São Paulo, Thomas White, que deixou o cargo em meados de 2010, o movimento não era apartidário.
Assim começa um comunicado enviado a Washington no dia 18 de setembro de 2007: “Na tentativa de aplacar o descontentamento popular com o governo Lula, um grupo de empresários de São Paulo lançou o Movimento Cívico pelo Direito dos Brasileiros, conhecido informalmente como ‘Cansei’ (I’m tired)”.
O documento segue dizendo que “apesar de os líderes insistirem no apartidaridarismo e dizerem que o movimento não ataca ninguém especificamente, tem causado forte reação de movimentos sociais e entidades ligadas ao governo Lula, que caracterizam o Cansei como um grupo de membros ricos da elite branca sem nada melhor para fazer do que reclamar”.
White diz ainda que o movimento não sabia direito para que direção avançar. “Conforme descrito em seu site e cartazes publicitários, os membros do Cansei estão fartos do caos aéreo, do poder dos traficantes, das crianças nas ruas, balas perdidas e tanta corrupção”.


Conversas com D’Urso
A Washington, White comenta sobre um encontro entre oficiais da embaixada americana, Luiz Flávio Borges D’Urso e representantes da OAB de São Paulo no dia 29 de agosto de 2007. “A OAB organiza frequentemente programas em conjunto com as mesmas associações empresariais que fazem parte do ‘Cansei’. De acordo com D’Urso, faz parte dos interesses da organização elogiar o governo mas também criticá-lo quando for o caso”.
O presidente da OAB São Paulo também aproveitou o encontro para criticar a resolução da arquidiocese de São Paulo, que proibiu o Cansei de fazer uma manifestação na Catedral da Sé em julho daquele ano e obrigou o movimento a fazer seu “um minuto de silêncio de indignação” ao ar livre. “Para D’urso, o arcebispo se curvou diante da pressão e não quis criar controvérsias”.
FHC: “não é um lema para Martin Luther King”
Outra parte do documento diz que os líderes do “Cansei” não ajudaram ao tentar contar seu lado da história. “Entrevistado pela revista Veja, João Dória Jr. queixou-se que a opinião pública discrimina os bem sucedidos e ricos (…) e que sua imagem de alguém que nunca fumou, bebeu ou usou drogas, não briga, não fala palavrões e usa gel no cabelo tornou difícil aos brasileiros comuns se identificarem com sua causa”.
White diz também que o presidente da Philips no Brasil, Paulo Zotollo, atraiu atenção negativa quando disse a um jornal que, ao apoiar o movimento Cansei, desejava remexer no “marasmo cívico” do Brasil, e afirmou: “Não se pode pensar que o país é um Piauí, no sentido de que tanto faz quanto tanto fez. Se o Piauí deixar de existir ninguém vai ficar chateado”. “Zottolo insistiu que sua observação tinha sido tirado do contexto, mas, novamente, o estrago já estava feito” diz o americano.
Thomas White conclui o telegrama dizendo que o slogan “Cansei”, embora possa resumir com precisão os sentimentos de algumas pessoas, não é muito eficaz como um grito de guerra.
“Como ex-presidente Fernando Henrique Cardoso comentou recentemente ao cônsul-geral, não é um lema que Martin Luther King, Jr., teria escolhido para inspirar seus seguidores”, revela White.
Para ele, “os líderes do movimento, por toda sinceridade e seriedade tornaram-se alvos fáceis para a caricatura”.
Em 2011, não há mais vestígios do Cansei. A página do movimento foi tirada do ar.
Os documentos são parte de 2.500 relatórios diplomáticos referentes ao Brasil ainda inéditos, que foram analisados por 15 jornalistas independentes e estão sendo publicados nesta semana pela agência Pública.

Entrevista de Nelson Jobin...Jobin revela mentira da Veja.

                                                                                                                                                                             
Veja aqui o que o Partido da Imprensa Golpista (PIG) não mostra!



Por Jorge Furtado
Do Zero Hora


“Não houve conversa nenhuma”

Nelson Jobim, ex-ministro da Defesa 
Anfitrião do encontro entre o ex-presidente Lula e o ministro Gilmar Mendes, o ex-ministro da Defesa Nelson Jobim negou a Zero Hora que em algum momento o petista tenha pedido o adiamento do julgamento do mensalão. Segundo Jobim, a conversa entre eles durou cerca de uma hora, na manhã do dia 26 de abril, em seu escritório em Brasília. O ex-ministro foi enfático ao afirmar que o ex-presidente jamais fez qualquer proposta a Mendes envolvendo o mensalão e disse que negou à revista Veja que esse tenha sido o teor da conversa. Jobim falou com ZH ontem à tarde, por telefone, enquanto se dirigia ao aeroporto, no Rio, de onde regressaria a Brasília.


ZH – Lula pediu ao ministro Gilmar Mendes o adiamento do julgamento do mensalão?
Nelson Jobim – Não. Não houve nenhuma conversa nesse sentido. Eu estava junto, foi no meu escritório, e não houve nenhum diálogo nesse sentido.
ZH – Sobre o que foi a conversa?
Jobim – Foi uma conversa institucional. Lula queria me visitar porque eu havia saído do governo e ele queria conversar comigo. Ele também tem muita consideração com o Gilmar, pelo desempenho dele no Supremo. Foi uma conversa institucional, não teve nada nesses termos que a Veja está se referindo.
ZH – Por quanto tempo vocês conversaram?
Jobim – Em torno de uma hora. Ele (Lula) foi ao meu escritório, que fica perto do aeroporto.
ZH – Em algum momento, Lula e Mendes ficaram a sós?
Jobim – Não, não, não. Foi na minha sala, no meu escritório. Gilmar chegou antes, depois chegou Lula. Aí, saiu Lula e Gilmar continuou. Ficamos discutindo sobre uma pesquisa que está sendo feita pelo Instituto de Direito Público, do Gilmar. Foi isso.
ZH – Depois que Lula saiu, o ministro fez algum comentário com o senhor sobre o teor da conversa?
Jobim – Não. Não disse nada. Só conversamos sobre a pesquisa, para marcar as datas de uma pesquisa sobre a Constituinte.
ZH – Lula pediu para o senhor marcar um encontro com Mendes?
Jobim – Sim. Ele queria me visitar há muito tempo. E aí pediu que eu chamasse o Gilmar, porque gostava muito dele e porque o ministro sempre o havia tratado muito bem. Queria agradecer a gentileza do Gilmar. Aí, virou essa celeuma toda.

ZH – Há quanto tempo o encontro estava marcado?
Jobim - Foi Clara Ant, secretária do Lula, quem marcou. Lula tinha me dito que queria me visitar há um tempo atrás. Um dia me liga a secretária, dizendo que ele iria a Brasília numa quarta-feira (25 de abril) e que, na quinta, queria me visitar e ao ministro Gilmar. Ele apareceu lá por volta das 9h30min, 10h. Foi isso.

ZH – Se não houve esse pedido de Lula ao ministro, como se criou toda essa história?
Jobim – Isso você tem de perguntar a ele (Gilmar), e não a mim.

ZH – O senhor acha que Mendes pode estar mentindo?
Jobim – Não. Não tenho nenhum juízo sobre o assunto. Estou fora disso. Estou te dizendo o que eu assisti.

ZH – Veja disse que o senhor não negou o teor da suposta conversa. Por que o senhor não negou antes?
Jobim – Como não neguei? Me ligaram e eu disse que não. Eu disse para a Veja que não houve conversa nenhuma.

Os resultados da entrega de Goiás ao Crime Organizado.


Deputado estadual pelo PT de Goiás, o deputado Luis César Bueno afirma que a discussão em torno da organização criminosa Cachoeira-Demóstenes não está dando a ênfase correta. “A preocupação maior é o envolvimento do poder constituído com crime organizado e as consequências na ordem pública, especialmente na segurança pública”. Está-se repetindo em Goiás o que ocorreu no Espírito Santo nos anos 90. E pessoas estão morrendo por conta desse desmonte.
Com o pacto firmado com o governador Marconi Perillo, a a dupla Cachoeira-Demóstenes passou a comandar a Secretaria de Segurança Pública, o Detran, a Polícia Militar, a Corregedoria da Policia Civil, a Secretaria da Indústria e do Comércio, a Procuradoria Geral do Estado, entre outros cargos de segundo e terceiro escalão.
O crime organizado passou a atuar em contratos de construção, serviços de vigilância, locação de veículos. Mais grave: passou a atuar dentro das esferas da Segurança Pública. Houve o desmanche do aparelho de segurança fazendo explodir a criminalidade em todo estado de Goiás.
Recentemente o jornal O Popular divulgou algumas das estatísticas:
  • até final de abril o número de homicídios havia sido de 208, contra 211 no Rio de Janeiro;
  • o número de furtos de veículos saltou de 4.800 a 5.200 por ano para 10.800;
  • dos 246 municípios, 206 estão sitiados poelo crack e pela droga.
Tudo isso a partir do momento em que Cachoeira passou a tomar conta da Segurança Pública.
Representante da PM na AL, tempos atrás o deputado Major Araújo, junto com Associação de Oficiais reuniu a imprensa e disse que cada promoção de coronel na PM tinha que pagar R$ 100 mil para Carlos Cachoeira. A Operação  Monte Carlo mostrou gravações indicando que o Secretário de Segurança Pública e o Procurador Geral do Estado recebiam mensalidade de R$ 15 mil. Sem contar o envolvimento amplo de delegados e policiais com a organização criminosa.
Recentemente o governador Marconi Perillo trocou o comando da PM, colocando pessoas do quadro. Mas o estrago já estava feito.
Cachoeira comandava desde moedinha de 1 real do desempregado, megas fortunas de navios flutuantes no Caribe até a relação com crime organizado encastelado na estrutura do Estado.
Inicialmente, a Segurança Pública fechou os olhos para o jogo e os cassinos. Com isso, abriu espaço para todo tipo de crime correlato. Explodiu o mercado de drogas e de furtos de automóveis.
Vários deputado tiveram veículos roubados à mão armada. Explodiram furtos de caminhonetes, carros de luxo, como Corolla. As seguradoras aumentaram significativamente valor dos prêmios em função do alto índice de furtos.
Coincidentemente, quem controlava o Detran era um indicado de Cachoeira, citado na Monte Carlo. Para proteger as quadrilhas de roubo de carro, o Detran de Goiás passou a operar fora do sistema Denatran (Departamento Nacional de Trânsito).
“A impressão que se dava é que Marconi era o laranja e Cachoeira o governador”, diz o deputado.
Para conseguir estatísticas da Secretaria de Segurança Pública, o jornal O Popular precisou abrir uma primeira página coalhada de cruzes – simbolizando as mortes ocorridas no período.
A situação é similar à do Espírito Santo nos anos 90, diz ele.
A parte visível da quadrilha, até agora, são os vinhos de R$ 30 mil de Demóstenes, a casa de Marcone Perillo, as extravagâncias de Cachoeira. A face soturna é o aumento do número de mortes em todo o estado, o fato de pequenas comunidades, de 5 mil, 6 mil habitantes, estarem tomadas agora pelo crack.
Luis Nassif
No Advivo