sábado, 2 de novembro de 2013

"CARTA" revela mais detalhes o apoio popular a Jango."Voz das ruas" era da minoria.


A revista CartaCapital publica amanhã novas e mais profundas informações sobre o processo de agitação que levou à deposição do João Goulart em 64.
A “voz das ruas” de então, as marchas da Família com Deus pela Liberdade, francamente apoiadas pela mídia e pela Igreja, esta longe de representar a maioria.
Ao contrário, era uma minoria de classe média que, em boa parte, mal sabia que estava escancarando as portas do país à selvageria que, pouco tempo depois, iria devorar seus próprios filhos, em 68.
Uma das informações mais interessantes é a das pesquisas Ibope, realizadas antes do golpe.
Uma delas, concluída apenas cinco dias antes do movimento militar, em oito capitais, mostra que 49,8% dos pesquisados admitiam votar em Jango caso ele pudesse se candidatar à reeleição – o que não era permitido, à época – contra 41,8% que rejeitavam essa possibilidade.
Segundo o Brasil Econômico, que antecipa trechos da matéria da Carta, “em São Paulo, 72% da população aprovava o governo Goulart. Entre os mais pobres, a popularidade chegava a 86%.
O golpe saiu não pelas massas, mas pelas malas de dólares, como as que, agora, sabe-se que foram entregues ao general Amaury Kruel, até ali um amigo do presidente, e então, devidamente “abastecido” , peça chave na sua derrocada.
É bom que uma turminha que acha que tudo é “puro e espontâneo” revisite o passado, para ver como se demoliram os governos trabalhistas neste país: Getúlio, Jango e…
Por: Fernando Brito

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