Músico que criou greve fracassada na internet diz que faltou união e reconhece importância dos sindicatos: “Seria bom se os sindicatos tivessem aderido”
A greve geral disparada na internet pelo músico que dizia nunca ter pensado em política ricocheteou. Depois de reunir mais de 800 mil adesões pelo Facebook, o mineiro Felipe Chamone, 30, que jamais teve contato com sindicatos ou organizações de classe, ficou surpreso quando percebeu que a segunda-feira –dia marcado para a greve– amanheceu como qualquer outra.
“Minha ideia não foi planejada com antecedência. Essa greve seria só uma forma pacífica de me manifestar”, diz.
Hábil com armas (ele pratica tiro esportivo e dá “conselhos a policiais inexperientes”), Chamone reconhece que o tiro saiu pela culatra. “Seria bom se os sindicatos tivessem aderido. Mas eu achava que greves dependiam só da vontade do povo.”
Entenda o boato da “Greve Geral”
Na última semana, as principais centrais sindicais do Brasil desmentiram a greve geral convocada pelo Facebook e Youtube por movimentos não identificados marcada para a segunda-feira passada (01/07).
Presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Wagner Gomes, havia destacado que essa convocação não possui validade e que é mais uma ação de setores conservadores e oportunistas.
A Força Sindical, por sua vez, afirmou que os eventos agendados pelas redes sociais criaram informações desencontradas que não correspondem à realidade. “O Facebook é apenas uma rede social, qualquer um escreve o que quiser. O trabalhador deve seguir a orientação do seu sindicato”, afirmou.
Pragmatismo Politico, com FolhaPress
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