segunda-feira, 23 de abril de 2012

Parada Gay e Marcha para Jesus no mesmo final de semana em Maringá

Em março, primeiro "beijaço" gay criticou a prefeitura maringaense A Parada Gay de Maringá, que será realizada no dia 20 de maio (domingo), não será a única manifestação social a ocorrer naquele fim de semana na cidade. Uma projeto de lei complementar, de autoria do vereador Flávio Vicente (PSDB), aprovado na sessão da última quinta-feira (19), determina que a Marcha para Jesus seja incluída no calendário oficial do Município no terceiro sábado de maio. Este ano a data cairá no dia 19, um dia antes da primeira edição da parada maringaense. O projeto, que entrou em votação em regime de urgência, inicialmente causou polêmica entre a comunidade LGBT (Lésbicas, gays, bissexuais e transexuais). Isso porque 17 de maio marca o Dia Nacional de Combate à Homofobia, com diversas manifestações durante toda a semana. O presidente da Ordem dos Pastores Evangélicos de Maringá (Opem), Nilton Tuller, que pediu para que o projeto fosse enviado à Câmara, afirmou que a proximidade de datas é uma coincidência. “Já ocorreram outras marchas para Jesus em Maringá, mas esta será a primeira vez que a realizaremos no terceiro sábado de maio. Não houve intenção de polemizar com os homossexuais, o que aconteceu foi uma coincidência. Existe uma lei estadual que estabelece o dia da marcha em todo Paraná. Queremos que a nossa aconteça junto com a manifestação cristã em Curitiba”, afirma. O pastor diz que, apesar dos evangélicos não concordarem com o posicionamento sexual dos manifestantes da LGBT, eles respeitam o direito de expressão de todos. “Cada um faz a sua parada e luta pelos ideais que achar correto, isso é democracia”, diz. Um dos organizadores da Parada Gay de Maringá Luiz Modesto, diz apoiar todas as manifestações sociais. “Se for apenas coincidência, acho ótimo! Espero que eles atinjam o objetivo deles, assim como queremos atingir o nosso, que é disseminar o respeito”, fala. Modesto convida a todos os cristãos a participarem da Parada Gay. “Assim como estabelecemos um diálogo com a Arquidiocese de Maringá – que se mostrou contrária à violência contra os gays e se solidarizou com os altos índices de suicídio – queremos também manter uma boa convivência com os evangélicos. Somos todos parceiros pela vida, e estamos juntos na luta contra a violência”, ressalta. A reportagem tentou contato com o vereador Flávio Vicente, mas o celular dele estava desligado. A assessoria afirmou que o parlamentar apenas atendeu o pedido do pastor Nilton Tuller ao encaminhar o projeto para Câmara, sem intenção de criar qualquer polêmica. Rubia Pimenta | O Diário No Blog do Esmael

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