Incomodados com a escolha do advogado Luís Roberto Barroso para o Supremo Tribunal Federal (STF), grupos religiosos preparam uma ofensiva no Senado para tentar derrubar a indicação da presidente Dilma Rousseff.
Advogado constitucionalista, Barroso tem uma atuação marcante na área dos direitos humanos. Ele enfrenta resistência de católicos e evangélicos.
Senado lê indicação de Barroso para o STF e pode marcar sabatina
Escolhido para o STF defendeu causa gay e pesquisa com célula tronco
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No STF, Barroso defendeu pesquisas com células-tronco e a equiparação das uniões homoafetivas às uniões estáveis convencionais.
"Vamos fazer uma espécie de dossiê com todas as declarações dele sobre os assuntos que nos são caros", disse o advogado Paulo Fernando, do grupo Pró-Vida, ligado à Igreja Católica. "Dificilmente o nome dele será derrubado, mas ele precisa saber que estamos de olho", disse.
Representantes do grupo católico esperam conseguir apoio especialmente de parlamentares ligados aos segmentos religiosos.
O nome do constitucionalista agradou aos ativistas gays, que o consideram "maravilhoso aliado da dignidade humana". "Foi a melhor pessoa para a nossa comunidade", diz texto de Toni Reis, secretário de Educação da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais.
A indicação de Barroso foi lida ontem no plenário do Senado. Ele terá de passar por uma sabatina na Comissão de Constituição e Justiça, que deve ser realizada na metade de junho, e por uma votação no plenário. (MÁRCIO FALCÃO, JOHANNA NUBLAT e GABRIELA GUERREIRO)
via Folha
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